Resenha: O Lírio Dourado por Richelle Mead

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Sinopse: Sydney Sage adoraria ir para a faculdade como qualquer garota comum, mas ela faz parte do grupo dos alquimistas - os responsáveis por esconder a existência dos vampiros do resto da humanidade -, então isso não tem a menor chance de acontecer. Ainda mais depois que ela é convocada para uma missão superimportante: passar uma temporada num colégio interno na Califórnia para ajudar a esconder a princesa vampira Jill Dragomir. Após enfrentar vários desafios, Sydney sente que alcançou certa tranquilidade em sua empreitada - tanto que encontra tempo até para arrumar um namorado. Brayden é um garoto inteligente que combina com ela em todos os sentidos. Mas por mais perfeito que esse relacionamento pareça, Sydney acaba se sentindo atraída por outra pessoa: alguém proibido para ela e que coloca em xeque todos os seus valores. Mais do que nunca, a lealdade de Sydney será testada, e ela precisará decidir entre suas crenças e seu coração.

Título: O Lírio Dourado - Bloodlines #2
Autor(a): Richelle Mead
Páginas: 424
Editora: Seguinte
Avaliação: 3,5/5
Contém spoilers do livros anterior. 
É impossível para mim pegar um livro da Richelle Mead sem expectativas - tendo em mente que Academia de Vampiros é a minha série preferida entre todas. E depois de um bom começo com Laços de Sangue eu estava esperando boas coisas desse segundo livro. Mas o maior defeito de O Lírio Dourado foi de não surpreender, ele foi o que eu esperava e nada mais que isso. 



A grande força da Richelle Mead continua sendo a mesma: os seus personagens. É a força deles, a vida que eles trazem para a estória que fazem tudo valer a pena. 
Primeiro eu não poderia deixar de falar sobre o como foi bom ter o Dimitri nesse livro como um personagem recorrente. Sim, um pouco porque ele é um dos meus maiores amores literários, mas principalmente porque ele é um personagem extremamente interessante. É emocionante ver ele falando abertamente sobre a Rose e morrer com as citações que ele faz dela, mas o mais legal é poder enxergar o personagem por outros olhos além dos da própria Rose. A gente pode conhecer outras facetas dele e isso é incrível. 

Agora, voltando para os personagens principais, não tem como não amar o Adrian. Eu já era apaixonada por ele em VA, mas a cada momento dele nesse livro eu me apaixonei cada vez mais. Ainda mais agora que ele começou a agir em função dos sentimentos que ele vem descobrindo ter pela Sydney. Ele é um dos personagens mais carismáticos e complexos criados pela autora, e não tem como não ficar feliz em ter cada vez mais e mais dele em cena. 

Já quanto a Sydney eu fico um pouco dividida. Ela é uma pessoa madura e responsável e corajosa, mas ao mesmo tempo ingênua e sem nenhuma alta estima. Não me entendam errado, eu gosto da personagem, torço por ele e me sinto envolvida pela sua estória, mas ele não tem muita força como protagonista. Eu sei que comparações são horríveis, mas como isso é um spin-off não posso deixar de dizer que depois de ter a Rose como narradora a Sydney é bem fraca em comparação. Espero de verdade que ela amadureça mais, fique mais forte e possa me fazer calar a boca mais para frente. 

Se tem algo que me incomodou nesse livro foi a infantilidade dele como um todo. Eu entendi que a Richelle Mead está fazendo a mesma coisa que fez com VA, amadurecendo os personagens e a estória aos poucos. Mas o problema é exatamente esse: nós já passamos por isso. Nós já passamos dessa fase, esses mesmos personagens já passaram por essa fase, já amadureceram. VA terminou em um patamar altíssimo e parece que a autora resolveu descer a ladeira novamente para então subir de novo. E isso é cansativo e desanimador. Algumas futilidades do enredo foram simplesmente demais para mim. 

Por outro lado o parte mitológica continua a surpreender. A autora é cheia de reviravoltas e cartas na manga e está levando a estória para um caminho que nunca tinha imaginado. Apesar de ter ficado em dúvida com algumas novidades que apareceram nesse livro e com que rumo a Richelle está tomando, eu totalmente confio na autora e sei que ela construiu cuidadosamente cada pedacinho dessa estória e estou ansiosa para ver onde tudo vai terminar. 

Apesar de ter seus defeitos, a autora não falhou em me prender na estória e em fazer eu apaixonar por seus personagens. Apesar de não ter me surpreendido como esperava, eu amei poder ver todos esse personagens de novo, poder saber como estão outros que eu aprendi tanto a amar e fiquei tão ansiosa com o fim que quebrei a minha regra de nunca mais ler livros da mesma série em seguida e aqui estou eu, começando O Feitiço Azul. Espero que a Richelle Mead me surpreenda dessa vez.

- Rose sempre tira sarro da sua "sabedoria de mestre zen" - ironizei. - É disso que estou tendo uma amostra? Se sim, então agora entendi por que ela não conseguia resistir ao seu charme.
Essa resposta me rendeu uma das raras gargalhadas sinceras de Dimitri.
- Acho que sim. Se perguntar a ela, Rose vai dizer que foram os empalamentos e as decapitações que a seduziram. Mas tenho certeza de que foi a sabedoria zen que ganhou seu coração.


Eu acho que ele precisava disso.Um breve momento de paz em meio a seu desespero escuro. Isso era o que eu queria, e que eu tinha conseguido. Valeu a pena? Esfreguei meus dedos juntos, ainda sentindo o calor. Sim, eu decidi. Sim, valeu a pena.

- Eu não me importo se ele não é o tipo emocional ou o tipo cortês ou o quê. Ninguém pode olhar para você neste vestido, em todo esse fogo e ouro, e começar a falar sobre anacronismos. Se eu fosse ele, eu teria dito: Você é a criatura mais linda que eu já vi andando nesta terra.

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