Resenha: Coração Ardente por Richelle Mead

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Sinopse: A alquimista Sydney Sage não é mais a mesma. Criada desde criança para desprezar os vampiros, ela acabou vencendo seus preconceitos em sua última missão. Aos poucos, a garota não só criou laços de amizade com esses seres como acabou se apaixonando por um deles - o irresistível Adrian Ivashkov - e, surpreendendo até a si mesma, decidiu levar o relacionamento proibido adiante, em segredo. Tudo se complica quando Zoe, sua irmã, se junta à missão. Apesar de querer resgatar a amizade entre elas, Sydney precisa guardar seu segredo enquanto tenta fazer com que a caçula perceba como as crenças alquimistas estão equivocadas. Enquanto isso, Adrian sofre com os fortes efeitos do espírito - um elemento mágico que, ao mesmo tempo em que lhe confere poderes, como curar as pessoas, pode levá-lo à loucura, através de alucinações e mudanças de humor extremas. Sydney é seu maior incentivo para abrir mão desses poderes e buscar uma saúde mental equilibrada, mas Adrian nem consegue imaginar como seria vê-la machucada e não poder fazer nada. 
Título: Coração Ardente - Bloodlines #4
Autor(a): Richelle Mead
Páginas: 416
Editora: Seguinte
Avaliação: 4,5 

Como eu disse na resenha de O Feitiço Azul, foi apenas no livro anterior que eu realmente me senti empolgada com Bloodlines. Acredito que boa parte disso se deve pela independência da Sydney que finalmente apareceu e, principalmente, pela sua relação com o Adrian que na minha opinião é o grande ponto alto da série até agora, São por essas razões que Coração Ardente foi um livro tão gostoso de ler, ter esses dois juntos e funcionando tão bem compensou o plano de fundo morno desse quarto livro. 



Sydney e Adrian finalmente se acertaram e aceitaram o que sentem um pelo outro, mas isso não quer dizer que as coisas ficaram mais fáceis. Zoe, a irmã de Sydney, foi mandada como reforço para Palm Springs fazendo com que agora ela tenha que esconder a sua amizade e o seu namoro ainda mais, ao mesmo tempo em que tentar reatar os laços com sua irmã. 
Por outro lado, Adrian vem sofrendo cada vez mais com os efeitos colaterais do espírito. Por mais que a Sydney seja uma enorme inspiração para usá-lo cada vez mais, ele não consegue se segurar quando vê que pode ajudar, por mais que isso o afete cada vez mais. Agora ele tem que escolher entre ser capaz de ajudar as pessoas, principalmente Sydney, ou se manter são. 

Eu comecei Coração Ardente já desconfiando do final que, infelizmente, acertei. Duas coisas me denunciaram, a narrativa ser partilhada dessa vez com o Adrian e o booktrailer do próximo livro. E antes de falarem que a culpa é minha, eu nem cheguei a assistir os bookstrailers, só a miniatura do vídeo já foi suficiente para mim. Porém, eu não vejo isso como um defeito. É claro que todo leitor prefere ser surpreendido, mas pelo enfoque que a Richelle Mead deu nesse assunto em toda a série, isso já era algo que acreditava que ia acontecer desde o começo. 

Eu já disse que não considero a Sydney uma boa protagonista. É fato que ela melhorou muitos nos últimos dois livros, mas ela não tem a força e o carisma necessário, não se compararmos ela com a protagonista da série que precede Bloodlines (Rose <3). E a autora percebeu isso, tanto que decidiu dar voz ao Adrian, que é milhões de vezes mais interessante que a Sydney. E se eu já amava o Adrian antes, não posso dizer como estou agora depois de estar totalmente dentro da sua cabeça. 

O desenvolvimento da trama nesse livro foi um pouco mais morno do que o que vimos em O Feitiço Azul, os avanços reais dos conflitos são poucos, mas, por outro lado, importantes. O que compensa é a dinâmica que se instaurou entre o casal principal. Se nos outros dois livros eu estava torcendo para que eles parassem de idiotice e ficassem juntos, nesse eu percebi ainda melhor como esse casal é incrível! O livro vale a pena mesmo que só para ver o Adrian todo romântico. 

No geral, não poderia ter pedido mais de Coração Ardente. Não consegue ser melhor que o anterior, mas fica muito perto por trazer uma dinâmica diferente para a estória e até mesmo se focar mais no emocional dos seus personagens. Já estou louca pelo próximo e curiosa pelo rumo que a série vai tomar daqui para frente.
Não havia álcool ou desespero. Ele parecia capaz de qualquer coisa e, naquele momento, eu precisava acreditar que era. Havia tantas coisas me afligindo, tantas coisas - incluindo um futuro com ele - que pareciam impossíveis. Ter esse Adrian invencível ao meu lado me enchia de uma alegria que eu raramente me permitia sentir. 
- Pela minha experiência - Clarence começou -, o amor costuma ser uma série de desventuras malucas.  

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