Resenha: Amy & Matthew por Cammie McGovern

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Sinopse: Amy e Matthew não se conheciam realmente. Não eram amigos. Matthew sabia quem ela era, claro, mas ele também sabia quem eram várias outras pessoas que não eram seus amigos. Amy tinha uma eterna fachada de felicidade estampada em seu rosto, mesmo tendo uma debilitante deficiência que restringe seus movimentos. Matthew nunca planejou contar a Amy o que pensava, mas depois que a diz para enxergar a realidade e parar de se enganar, ela percebe que é exatamente de alguém assim que precisa .À medida que passam mais tempo juntos, Amy descobre que Matthew também tem seus problemas e segredos, e decide tentar ajudá-lo da mesma forma que ele a ajudou.E quando a relação que começou como uma amizade se transforma em outra coisa que nenhum dos dois esperava (ou sabe definir), eles percebem que falam tudo um para o outro... exceto o que mais importa.

Título: Amy & Matthew
Autor(a): Cammie McGovern
Páginas: 336
Editora: Galera
Avaliação: 4,5/5 +  


Assim que vi a capa de Amy & Matthew já comecei a me apaixonar pelo livro. Porque vocês sabem que eu não tenho jeito, eu amo romances e amo estórias emocionantes. Então não importa que eu já tenha lido dezenas de livros do mesmo gênero porque eu sempre vou ficar maluca quando anunciarem o lançamento de outro que se encaixe nessa categoria.



Se tem uma coisa que eu gostei muito que a Cammie McGovern fez foi a escolha de não suavizar os problemas dos seus personagens. Não é sempre que nós temos a oportunidade de conhecer a realidade de alguém com os mesmos problemas da Amy e é duro conhecer a realidade em que ela vive, a forma com que ela precisa conviver com todas as suas dificuldades e a maneira como elas refletem na sua vida social e familiar. Mas para mim, em particular, foi ainda pior estar na mente de Matthew e acompanhar todo o sofrimento pelo qual ele passava todos os dias e a sua luta para aceitar e lutar contra essa situação. São muitos os livros que falam sobre doenças e condições físicas e especiais, mas são poucos aqueles que realmente nos ensinam sobre o que elas são e como afetam o dia a dia das pessoas que sofrem delas. 

Mas, ao mesmo tempo que a autora não deixa de fora as partes difíceis, ela cria uma estória cheia de esperança, amizade e amor. É tocante perceber que Amy não se sente intimidada por suas limitações, encara a vida de uma maneira otimista e nunca deixa de tentar. Além de durante o livro se empenhar para passar essa sua maneira de encarar o mundo para o Matthew. 

É muito bonito e tocante a relação que se desenvolve entre a Amy e o Matthew. É acima de tudo uma relação de amizade, de carinho e de entendimento que consegue sair das páginas e realmente tocar o leitor. Eu simplesmente amei a dinâmica de como tudo aconteceu e como aos poucos a autora foi fazendo com que os sentimentos dos dois se tornassem cada vez maiores. É lindo e emocionante o que os dois constroem. 

A narrativa é simples e gostosa de ler, já nas primeiras páginas a autora conseguiu me conquistar e eu simplesmente não consegui largar o livro até chegar na última página. Ao se somar ótimos personagens, com uma boa escrita e sentimentos que transbordam das páginas o livro se torna daquele tipo que é viciante. 
E se eu tenho uma crítica para fazer é que os últimos acontecimentos, apesar de não serem ruins, destoaram um pouco do clima de todo o restante do livro, passando uma sensação estranha. 

É sempre muito difícil falar sobre esses livros que te enchem de sentimentos, porque é praticamente descrever a sensação de ler algo. O que eu posso dizer é que Amy & Matthew se tornou um favorito para a mim ao tratar temas sérios com a seriedade necessária e, ao mesmo tempo, passar uma enorme leveza e contar uma linda estória de amor e amizade.
Imagino o futuro se acomodando como a neve num terreno. Macio e bom de se jogar em cima, se você estiver vestido adequadamente. Acho que o futuro será assim.
Mas concluí que é possível amar alguém por razões inteiramente altruístas, por todas as suas falhas e fraquezas, e ainda assim não ter este amor correspondido. É triste, talvez, mas não trágico, a menos que você fique buscando seus afetos esquivos para sempre.

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